Políticas Cambiais no Brasil 💱

Por Thayze Quintana - 09/05/2024

As políticas monetárias de câmbio desempenham um papel crucial na definição do panorama econômico de um país, e no Brasil não é diferente. Ao longo de sua história econômica, o país experimentou diferentes abordagens em relação ao câmbio, cada uma refletindo os desafios e prioridades da época.

Sistema de Câmbio Fixo: Nas décadas iniciais, o Brasil adotou um sistema de câmbio fixo, onde o valor da moeda nacional era atrelado a uma moeda estrangeira, geralmente o dólar dos Estados Unidos. Esse modelo proporcionava estabilidade cambial, mas também limitava a capacidade de ajuste da economia diante de choques externos.

Transição para o Câmbio Flutuante: Diante das crises econômicas e da necessidade de maior flexibilidade, o Brasil passou por um processo de transição para o sistema de câmbio flutuante na década de 1990. Com essa mudança, a taxa de câmbio passou a ser determinada livremente pelo mercado, refletindo a oferta e demanda por moeda estrangeira.

Intervenções do Banco Central: Mesmo com a adoção do câmbio flutuante, o Banco Central do Brasil (BCB) continua a desempenhar um papel ativo no mercado de câmbio. Por meio de intervenções pontuais, o BCB busca evitar volatilidades excessivas e corrigir desalinhamentos na taxa de câmbio, contribuindo para a estabilidade macroeconômica.

Política Cambial e Inflação: A política cambial no Brasil está intrinsecamente ligada à busca pelo controle da inflação. Variações na taxa de câmbio podem impactar diretamente os preços dos produtos importados e, consequentemente, a inflação. Portanto, o Banco Central muitas vezes utiliza instrumentos de política monetária, como a taxa de juros, em conjunto com intervenções cambiais para alcançar as metas de inflação estabelecidas.

Novo Marco Cambial: Recentemente, o Brasil implementou um novo marco cambial, visando aprimorar a gestão das operações de câmbio e fortalecer o ambiente de negócios internacionais. Essa atualização traz medidas como a simplificação dos procedimentos para realização de operações de câmbio e a modernização das regras de compliance, contribuindo para um mercado mais eficiente e transparente.

Em suma, as políticas monetárias de câmbio no Brasil refletem a constante busca por um equilíbrio entre estabilidade econômica, competitividade internacional e controle da inflação. Com uma abordagem dinâmica e adaptativa, o país busca promover um ambiente favorável ao crescimento econômico sustentável e à integração global.


Fonte: BACEN


Câmbio Comercial vs. Turismo 💵💶💷💴

Por Thayze Quintana - 02/05/2024

Ao pensarmos em câmbio, é natural que venha em mente a ideia de troca. Por definição, a palavra câmbio significa a troca da moeda de um país, pela moeda de outro. O câmbio comercial e o câmbio turismo são duas formas de se calcular a conversão de moedas estrangeiras para o real, e vice versa.

Apesar de terem finalidades similares, há diferenças fundamentais entre os dois.

O câmbio comercial é a referência para as operações de comércio exterior, como exportações, importações, investimentos, empréstimos e transferências financeiras diversas. A taxa de câmbio comercial é determinada pelo mercado. De acordo com a oferta e a demanda de moeda estrangeira, e divulgado pelo Banco Central do Brasil. Usualmente, o câmbio comercial é usado pelas empresas, bancos, governos e instituições financeiras que atuam no mercado internacional.

O câmbio turismo taxa que as casas de câmbio, bancos e agências de viagem cobram para vender ou comprar moeda estrangeira em espécie, cartão pré-pago ou cheque de viagem. A taxa é baseada no câmbio comercial, mas inclui um spread bancário mais alto do que o câmbio comercial, impostos e custos operacionais. O câmbio turismo é usado por turistas, viajantes e pessoas físicas que precisam de moeda estrangeira para gastos pessoais no exterior.

A diferença entre o câmbio comercial e o câmbio turismo é que o primeiro é mais barato e mais próximo da realidade do mercado, enquanto o segundo é mais caro e varia de acordo com o tipo e a quantidade de moeda, o local e a forma de pagamento. Por isso, é importante pesquisar as melhores opções de câmbio antes de viajar ou fazer negócios no exterior.


Banco vs. Corretora e Instituições de Pagamentos 💱

Por Thayze Quintana - 25/04/2024

Qual instituição financeira melhor atenderia às demandas de câmbio da sua empresa?

Uma pergunta simples, porém, de respostas complexas e subjetivas. A RESOLUÇÃO BCB Nº 277, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2022 do Banco Central estabeleceu algumas regras para as instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio. Vejamos alguns destaques que podem influenciar na escolha da instituição financeira adequada para o seu negócio.

1) Bancos:
- Operações de câmbio sem restrição de limite por liquidação;
- Podem cursar todos os tipos de operações do mercado de câmbio.

2) Corretoras de Câmbio:
- Operações de câmbio para liquidação pronta de até US$300.000,00 ou moeda equivalente;
- Não sendo permitidas transferências referentes a negociação de instrumentos financeiros derivativos no exterior; e operações para liquidação pronta no mercado interbancário, arbitragens no País e arbitragens com o exterior.

3)Instituições de pagamento:

- Operações de câmbio para liquidação pronta de até US$100.000,00 ou moeda equivalente;
- Vedadas a condução de operações com correspondentes e operações envolvendo moedas em espécie, nacional ou estrangeira; não sendo permitidas transferências referentes a negociação de instrumentos financeiros derivativos no exterior; e operações para liquidação pronta no mercado interbancário, arbitragens no País e arbitragens com o exterior.

Em termos comerciais, a melhor instituição financeira para o seu fechamento de câmbio, será aquela que oferecer o melhor custo x benefício de acordo com os seus critérios e valores. É pratica comum de mercado, a cobrança de tarifas por contrato e corretagem. O custo médio por contrato varia entre U$20 e U$100 dólares, e o spread médio nas cotações para pessoas jurídicas gira em torno de 1%. Tanto a tarifa quanto o spread são passíveis de negociação, e até isenção em alguns casos.

O que vai influenciar na redução de custo e agilidade no atendimento, sempre foi e provavelmente será, o seu relacionamento com a instituição financeira escolhida. Busque estar mais próximo do seu gerente de câmbio, apresente o escopo das operações a serem cursadas e demonstre o potencial do seu negócio.

Sempre que possível centralize as suas operações, isso facilitará a negociação de taxas melhores. No entanto, nunca deixe de comparar custos com outras instituições. Sempre que receber uma oferta melhor, se comunique com a sua instituição financeira preferida. Uma conversa honesta construirá um relacionamento de reciprocidade, essencial para a manutenção de uma proposta comercial vantajosa a longo prazo.

Fonte: BACEN


Importação e Exportação sem Contrato de Câmbio? 📑

Por Thayze Quintana - 18/04/2024

Em 2023 foi anunciado que o Brasil e a China estariam em negociação para viabilizar transações comerciais de câmbio, utilizando o real brasileiro e renminbi (RMB). A proposta é uma alternativa a dolarização de transações comerciais, com o objetivo de reduzir custos, facilitar captação de investimentos e fomentar o comércio bilateral.

Apesar de notícia de uma alternativa ao dólar ter sido novidade para muitos, na prática, o Brasil já possui acordo similar com outros países do Mercosul. Conhecido como SML, o Sistema de Pagamentos em Moeda Local, é um meio de pagamento internacional administrado pelo Banco Central do Brasil em parceria com os bancos centrais da Argentina (desde 2008), Uruguai (desde 2014) e Paraguai (desde 2018).

Como isso funciona?

O SML permite que os pagamentos e recebimentos internacionais sejam realizados diretamente na moeda local, sem contrato de câmbio. A instituição financeira local registra a operação no Banco Central remetente, utilizando a Taxa SML para cálculo de paridade. Assim, o valor devido é transferido para o Banco Central do país de destino.

Após a confirmação de crédito em conta, em até 2 dias úteis, a partir do registro da operação em D+2, o banco local do destinatário recebe o crédito em conta, na moeda local.

Como contratar esse meio de pagamento?

O SML pode ser contratado por pessoas físicas e jurídicas. O remetente é o único que pode dar entrada no processo, junto a uma instituição financeira habilitada a operar SML pelo Banco Central de seu país. No site do Banco Central, é possível consultar a lista de todas as instituições financeiras habilitadas.

Importante ressaltar que no convênio firmado com a Argentina, só é possível contratar o SML para operações de compra e venda de bens. Para os demais países é permitido utilizar o SML para o comércio de bens, de serviços e transferências unilaterais (remessas de pessoa física para pessoa física de pequeno valor).

Apesar de ser uma alternativa pouco explorada, em comparação com os meios tradicionais de envio e recebimento de pagamentos internacionais.

Devido a facilidade na contratação e redução de custo, muita empresas estão optando pelo SML. Em especial, no comércio com a Argentina, devido a crise fiscal e monetária que inviabiliza pagamentos em dólar.

Se quiser saber mais, sobre como funciona o SML e gostaria de mais informações, faça contato conosco! Será um prazer explorar alternativas para impulsionar o seu negócio.

O time Comex Market pode te ajudar! 🌍💼💰

Fonte: BACEN


Simplificando o DREX!

Por Thayze Quintana - 11/04/2024

Acompanhando a evolução tecnológica do mercado financeiro, o Banco Central do Brasil anunciou a criação do DREX, o Real 100% digital. Cada letra da palavra DREX tem um significado. D= Digital, R= Real, E= Eletrônico e o X simboliza a ideia de conexão à tecnologia e inovação.

Diferente dos criptoativos convencionais, o DREX é uma CBDC (Central Bank Digital Currency), que usa a tecnologia DLT (Distributor Ledger Tecnology) para gerar a versão digital do Real. A nova moeda digital traz mais confiabilidade e previsibilidade de valor seguindo as regulamentações.

Uma das promessas inovadoras do DREX é a utilização de “smart contracts”. Esses contratos inteligentes, vão reduzir a possibilidade de golpes em transações financeiras comerciais. Sempre que for necessário condicionar uma operação de pagamento, o dinheiro só sairá da sua conta quanto o produto ou serviço contratado for entregue.

Tome como exemplo a venda de um imóvel. Ao utilizar um smart contract, o sistema DREX garantirá a transferência do pagamento, mediante confirmação de transferência de titularidade do imóvel. Caso ocorra alguma inconsistência, o contrato será desfeito e ninguém ficará no prejuízo.

Na prática, cada R$ 1 vai equivaler a 1 DREX. Por meio de uma instituição financeira autorizada, será possível converter o saldo em conta corrente para sua carteira digital no DREX. A previsão é de que o DREX estará disponível para a população até o final de 2024 .

Fonte: BACEN 


Diferenças entre Fechar Câmbio: Banco e Corretora de Câmbio 💱

Por Thayze Quintana - 04/04/2024

Nos dias de hoje, com a crescente globalização e interconexão dos mercados financeiros, ficou cada vez mais comum a realização de transações financeiras internacionais. Nesse processo, surgiu a possibilidade entre fechar câmbio com um banco tradicional ou uma corretora de câmbio.
Sabemos que o Novo Marco Cambial, democratizou o mercado de câmbio e muitas outras instituições financeiras estão aptas a operar câmbio.

Porém, no post de hoje, faremos um comparativo entre bancos e corretoras, no intuito de explorar as diferenças entre ambas.

1. Cadastro vs. Abertura de conta:

Banco: Cada banco tem a prerrogativa de definir como será feito a aceitação do cliente. Alguns bancos aceitam apenas o cadastro de câmbio, mediante apresentação dos documentos obrigatórios, e liberando um baixo limite anual para as operações. Outros, exigem a abertura de conta corrente, habilitando o cliente para realizar operações cambiais com limite operacional compatível com a capacidade financeira apresentada. Seja no cadastro, ou abertura de conta, usualmente leva cerca de 3 a 5 dias úteis para análise e aprovação do cliente.

Corretora: Apenas um cadastro é o suficiente para aceitação de novos clientes. No cadastro simplificado, a lista de documentos cobrados é reduzida. Costuma-se aprovar o cliente com um limite baixo para operações, entre 15 a 100 mil dólares. Clientes que desejam realizar operações de valores acima do limite pré-aprovado, devem apresentar documentação financeira complementar para majoração de limite e aprovação de novas operações de câmbio. O tempo média para aprovação de um cadastro é 02 dias úteis. Para cadastros simplificados já presenciei aprovação de cadastro em até 2 horas. Tudo depende da instituição financeira escolhida.

2. Taxas e Tarifas:

Banco:
Os bancos tradicionais geralmente cobram tarifas fixas ou variáveis pelas transações de câmbio. Essas tarifas tendem a ser mais caras, o que eleva o custo da operação cambial, especialmente para quantias menores. As cotações podem ser mais atrativas devido ao maior volume de operações. No entanto, é mais difícil conseguir descontos e negociar spread.

Corretora de Câmbio: As corretoras de câmbio muitas vezes oferecem tarifas mais competitivas do que os bancos, como um atrativo para ganhar novos clientes. As cotações são voláteis e cobram um spread bancário diferente em cada operação. Apesar de não trabalharem com spread fixo, as corretoras são mais flexíveis e abertas a negociação, tanto de tarifa quanto nas cotações.
Dica: Tanto nos bancos ou corretoras, há a possibilidade de isenção de tarifa. Vai depender muito do relacionamento do cliente com a instituição financeira, frequência e volume de operações de câmbio a cursar.

3. Agilidade e Eficiência:

Banco: As transações de câmbio em um banco podem ser mais demoradas devido aos processos burocráticos e à necessidade de aprovações adicionais.

Corretora de Câmbio: As corretoras de câmbio geralmente são mais ágeis e eficientes, facilitando transações mais rápidas e suaves.

4. Assessoria Especializada:

Banco: Alguns bancos oferecem serviços de consultoria financeira, mas nem sempre têm especialização em câmbio internacional. Muito provável que o seu gerente de conta, o direcione para o departamento de negócios internacionais do banco para obter informações ou esclarecimento de dúvidas.

Corretora de Câmbio: As corretoras de câmbio são especializadas em câmbio internacional e podem fornecer orientação especializada para otimizar suas transações e minimizar custos.

5. Limites por contrato de câmbio:

Banco: Não há limitação de valor por contrato de câmbio. Desde que a operação respeite os limites de radar e capacidade financeira atribuído ao cliente.

Corretora de Câmbio: Na posição própria, há a limitação de até 300 mil dólares americanos ou moeda equivalente por contrato de câmbio/documento que respalda a operação.

Por fim, ambos os bancos e corretoras de câmbio têm seus pontos fortes e fracos. A escolha entre eles dependerá das suas necessidades específicas, como o montante da transação, a urgência, a variedade de moedas desejada e a importância de obter orientação especializada.

Outro ponto que pode ajudar na escolha da instituição financeira ideal, é o apoio de um profissional especializado em assessoria cambial. 

Ao considerar suas opções, conte conosco! (31) 97177-1953


Por que o dólar disparou nos últimos dias?🤔🚀 

Por Thayze Quintana - 28/03/2024

Esta última semana tem sido marcada por movimentos notáveis nos mercados financeiros, com muitos investidores buscando compreender as razões por trás da alta observada.

Uma das principais razões para a alta dos mercados pode ser atribuída aos sinais de recuperação econômica em diversas partes do mundo. Com a gradual retomada das atividades após os impactos da pandemia, dados positivos de emprego, produção industrial e consumo têm alimentado o otimismo dos investidores quanto ao crescimento econômico.

Além disso, notícias favoráveis relacionadas a políticas monetárias e fiscais também têm impulsionado os mercados. A perspectiva de estímulos adicionais por parte de bancos centrais e governos, juntamente com políticas que visam sustentar a recuperação econômica, tem proporcionado um ambiente propício para os investimentos.

Outro fator importante a ser considerado é o desempenho das empresas. Resultados trimestrais robustos, anúncios de fusões e aquisições, bem como perspectivas de crescimento sólido, têm contribuído para aumentar a confiança dos investidores e impulsionar os preços das ações.

No entanto, é importante ressaltar que os mercados financeiros são intrinsecamente voláteis e sujeitos a mudanças rápidas. Portanto, é essencial manter uma abordagem cautelosa e fundamentada, baseada em análises sólidas e diversificação de investimentos, para navegar com sucesso por esses períodos de alta.

Em resumo, a alta observada nos mercados nesta última semana reflete uma combinação de fatores, incluindo sinais de recuperação econômica, políticas favoráveis e desempenho corporativo positivo. No entanto, os investidores devem permanecer vigilantes e adaptáveis diante da volatilidade inerente aos mercados financeiros.

#deolhonomercado👀



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